Na verdade, é apenas um grito interno que soou mais
alto em dada altura da minha vida e que me levou a largar outros caminhos
possíveis para o seguir.
A partir daí foram e continuam a ser somente buscas.
Procurar encontrar cada vez mais formas de espalhar a luz e de cumprir os
pedidos da voz da minha alma.
As visões, a luz, as sementes espalhadas, que
constantemente me mostram os seus frutos pelas palavras e sorrisos que me
chegam, mostram-me que estou no caminho e ajudam-me a não duvidar, a aceitar
mais, a abrir os braços e a voar cada vez mais longe.
Mas a dúvida também espreita muitas vezes. Reflexo
do medo, condição do ser humano, ou simplesmente para me manter alerta dos
passos dados em falso, ou fora da linha traçada pelo destino. Destino, que é na
minha visão livre-arbítrio. Destino, que é capacidade aliada à oportunidade e
vontade expressa em acção.
Voar não é fácil, cair é sempre um risco.
Mas receio maior é o de um dia não me ouvir, é o de
silenciarem-se as vozes, ou escurecerem-se as imagens.
Momento em que saberei que o caminho mudou.
Até lá sigo a luz e o amor que me guiam.
O amor pelo que faço, a luz que vejo em todos que
por mim passam. Prova de que são cada vez mais as almas que estão a despertar.
Só me resta permitir ser uma ferramenta do Universo
nesse acordar.
Permitir e agradecer. Permitir e fluir. Permitir e
simplesmente Ser, estar lá e assistir de plateia ao acordar da Humanidade.
Resta-me abrir os braços e voar… na direcção daquela
que foi a minha escolha consciente.
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